quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Entrevista exclusiva com o Secretário Estadual Márcio Meirelles


SEMANA DE JORGE AMADO

Entrevista com o Secretário Márcio Meirelles

Ariel Figueroa

Secretário Márcio, podemos começar a sonhar e comparar a semana de Arte Jorge Amado a FLIP (Feira Literária Internacional de Paraty)?
Olha, isso é sempre desejável. Ter um evento como aquele aqui na Bahia e aqui na terra de Jorge Amado é sempre desejável. Depende de uma articulação da sociedade civil, da Prefeitura e do Governo do Estado. São várias instâncias que tem que se mobilizar para que isso aconteça. Nós sempre apoiaremos iniciativas desse porte, porque entendemos que isso é bom para o Turismo é bom para a indústria do livro, é bom para o hábito da leitura, ou seja é bom para uma série de fatores. E aqui é bom para reverenciar Jorge Amado, porque ele recriou a Bahia, e a Bahia se revê e se recria na sua obra. Então uma FLIP Ilhéus seria bastante interessante.

O edital de revitalização e formação de Museus está na praça, nosso extinto Museu do Cacau será contemplado pela sua pasta dentro do edital referido?
O Museu do Cacau não faz parte das nossas atribuições. Mais, evidentemente como todos os museus faz parte de um sistema estadual de museus, dentro de um sistema Nacional, e temos que dar atenção a todos eles. Tenho conversado com o Secretário de Agricultura sobre ele, aqui tenho conversado com o Prefeito Newton Lima, enfim, estamos conversando. Vem coisas por aí, neste momento não posso adiantar.

O edital de micro projetos culturais, vem de encontro a política pública federal de interiorizar a Cultura?
Nós somos muito alinhados com o Governo Federal neste sentido. A ideia é de descentralizar as ações do Ministério da Cultura, descentralizar ações da Secult, entendemos que todo cidadão é um produtor de Cultura, por conseguinte o Governo tem que garantir ao cidadão de ter acesso aos meios de produção e aos bens produzidos. Então a Cultura é um serviço público assim como a saúde e a educação. Por outro lado a Cultura gera produtos, então é preciso gerar uma política de fomento a produção cultural.

O Fundo de Cultura é uma realidade?
Sim. Temos criado uma política sistémica para atender todos os municípios a partir de programas, a partir de uma relação de construção de redes e de sub-sistemas. Assim como são os Museus, as Bibliotecas e outros. Então, como falei a respeito da FLIP, e aqui Ilhéus tem sido muito importante, é preciso que haja, não só uma adesão formal ao Sistema Estadual de Cultura, assim como Ilhéus fez, mas uma adesão real, como a que viemos fazer agora. Vivenciar um momento histórico no qual o Prefeito apresenta um Projeto de Lei, criando o Fundo Municipal de Cultura. Isso para nós é genial e necessário, para, poder avançar na política de descentralização.


O que significa a Conferência da Cultura ser realizada no interior, especificamente Ilhéus?
Olha a gente fez a primeira em Feira de Santana, em 2007, já numa clara política de sair de Salvador e ir para todo o Estado da Bahia. A decisão da terceira ser em Ilhéus, é uma decisão do Governador Jaques Wagner. Quando levei algumas alternativas, ele escolheu Ilhéus. É uma definição do Governo Estadual como um todo. É muito importante pelo centro que é Ilhéus, pelo momento que Ilhéus esta vivendo, do entendimento, do alinhamento com a política do Estado, com a política Federal de Cultura. O papel da Cultura no desenvolvimento local, é na verdade o tema básico da Conferência é a Cultura e o desenvolvimento local.