terça-feira, 9 de setembro de 2008

O Grupo Pestana prevé lucros 25% maiores em 2008

O grupo Pestana está a prever atingir este ano no Brasil uma facturação de cerca de 57 milhões de euros, mais 25% face a 2007, revela o director da cadeia para o Brasil, Francisco Lopes, em entrevista ao Portugal Digital.O responsável adianta que até Agosto, as receitas no Brasil cresceram 14%, mas a previsão é atingir um crescimento de cerca de 25%.

Francisco Lopes atribui este facto ao desenvolvimento da economia brasileira e ao mercado interno, que compensa a crise nos mercados emissores para o Brasil, especialmente os europeus.

O resort que o grupo detém em Angra do Reis é, segundo o responsável, o mais afectado com a crise internacional. As restantes unidades estão a apostar no mercado interno, com bons resultados.

Para Francisco Lopes as principais razões que motivam a queda da procura para o Brasil por turistas estrangeiros são a crise financeira internacional, a valorização do real face ao dólar e ao euro e a diminuição, tanto do número de voos internacionais regulares, como charter.

Esta redução de turistas é notada sobretudo no Nordeste, onde o Grupo administra diversas pousadas, nomeadamente na Costa do Sauípe. Com a saída de cadeias como a Marriot e Accor, justificada pelo responsável por uma “antecipação da crise”, os hotéis passaram a praticar os mesmos preços das pousadas, contribuindo para o agravamento da crise

Referindo-se às ligações aéreas, Francisco Lopes, diz que a concentração de voos operados pela TAP “diminui a competitividade” entre companhias aéreas. Nem o desenvolvimento de campanhas publicitárias internacionais resolverá esta crise se não houver uma oferta de voos, na opinião do responsável.

Francisco Lopes refere ainda que esta situação é agravada pelo aumento dos preços dos combustíveis.

Já o mercado interno brasileiro não dá sinais de crise e continua a crescer, motivo que leva o Grupo a querer ampliar os seus negócios neste país. “Como temos hotéis diversificados, com um “mix” de serviços, de turismo de lazer e também turismo de negócios e corporativo, podemos acompanhar esse crescimento”.

Fonte: Publituris