sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pressão política para sair do entrave aéreo

A 51a. reunião ordinária do FORNATUR é o principal destaque na programação técnica do Salão do Turismo nesta quinta-feira (2) focaliza com destaque a situação do problema aéreo brasileiro, com especial atenção para a situação do Nordeste e questões fundamentais da aviação regional. Depois de vários pronunciamentos, exposições e apresentações, foram apontados novos caminhos de uma ação mais incisiva.: acelerar uma pressão política no Congresso para tentar definições até o final deste ano.

No dia 4 de agosto, véspera da próxima reunião do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes do Turismo, em Brasília, uma reunião com as bancadas estaduais da Câmara e do Senado tentará aglutinar uma posição de pressão para acelerar politicamente a tramitação dos assuntos pendentes e em pauta junto ao Legislativo e apontados como entrave a um melhor desenvolvimento aéreo do Brasil.

A par da possibilidade aberta pelo Ministério da Defesa de que o anúncio da implantação de um plano emergencial para a aviação regional em três meses, a posição de vários secretários foi incisiva. Silvio Costa Filho, de Pernambuco, diz que “esta insistência não pode ficar sem conseqüência, temos que apresentar uma solução Brasil”, lembrando das dificuldades que 2010 poderá distanciar, por ser um a no eleitoral. . O colega Marcus Vinicius, do Espírito Santo, é mais aceso “neste trabalho político não tem outro jeito, é preciso pressionar mesmo. Assim a casa se mexe”.

Os parlamentares hoje presentes na reunião e ligados ao turismo prometeram colaborar ao máximo. Octávio Leite, sugeriu , de forma objetiva, o acréscimo da lei dos vistos para a discussão do assunto aviação. Marcelo Teixeira insistiu na posição referencial dos governadores do Nordeste, como força de ação para convencer os parlamentares e áreas do governo federal.

Como afirmou Benito Gama, diretor da Sudene e que veio apresentar um resumo do trabalho anunciado em Maceió durante o Fórum dos Governadores (Nordeste Invest), “o estudo segue parado no Ministério da Defesa. As empresas regionais que estão prontas para assumir este plano – Trip, OceanAir e Azul – somente vão se perfilar quando houver uma segurança regulamentadora sobre as novas rotas no modelo de voos para a região”. Reafirmou que o orgão disponibiliza um volume inicial de recursos de R$ 300 milhões para a execução do plano. “O que é preciso é ter vontade política”.

Os assuntos “Malha Aérea” e “Aviação Regional” foram focalizados por Fernando Soares, representando o Ministério da Defesa (o ministro Jobim era o convidado inicial) e pelo presidente da Abetar, Apostole Lak. O secretário paulista Cleury Silva também formulou estudo sobre a “Taxa aeroportuária da Infraero”. Na abertura dos trabalhos, com toda sua equipe de secretários diretos e assessores, o ministro Luiz Barretto deu uma apreciação geral sobre o Salão e “a grande viagem que estamos podendo realizar pelo Brasil”, classificando o evento como a síntese do produto turístico nacional trabalhado nestes cinco anos de evolução.

O aeroporto de Ilhéus, Aeroporto Jorge Amado, deverá entrar no rol das negociações regionais, cabe lembrar que ja passou de ano o problema e a indefinição da Anac a respeito da categoria do aeroporto. Hoje só recebe voos que pousam ou decolam com a luz do dia, fato que trouxe aviltados prejuizos a região cacaueira.

Ariel Figueroa